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Pai revela que autora do bolo envenenado dormiu em casa da vítima

Pai de Ana Luiza, jovem de 17 anos que morreu após comer um bolo envenenado, disse que menor que assumiu crime “acompanhou todinho o caso”
O pai de Ana Luiza de Oliveira Neves, uma jovem de 17 anos que morreu depois de comer um bolo envenenado com arsénico, no passado domingo (1/6), em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, disse que a adolescente que confessou o crime dormiu na casa da família da vítima no dia em que enviou o doce.

“Esta menina foi dormir lá a casa, acompanhou todo este caso. Viu a minha menina passar mal, viu a hora que eu a fui levar ao hospital. Nenhuma reação ela mostrou”, afirmou Silvio Ferreira das Neves, em conferência de imprensa, esta terça-feira (3/6).

A adolescente que assumiu o crime foi detida e encaminhada para a Fundação Casa, após pedido da Polícia Civil para internamento provisório. A adolescente infratora disse à polícia que enviou o bolo envenenado “por ciúmes” e que alegou querer apenas “pregar um susto” à vítima.

Segundo o relatório policial, a encomenda foi recebida pela irmã da vítima e tinha um bilhete com os dizeres: “Um mimo para a miúda mais linda que já vi”.

O bolo foi comprado numa pastelaria local, a Menina Trufa, e posteriormente a jovem preparou um brigadeiro branco que utilizou como cobertura do doce e deitou óxido de arsénico em pó por cima. De seguida, solicitou um estafeta para fazer a entrega através de uma aplicação. Ela pagou 5€ no delivery.

Por volta das 18h00, Ana Luiza chegou a casa e comeu o bolo. Menos de uma hora depois, começou a sentir-se mal e enviou uma mensagem a um amigo sobre a situação. Este amigo questionou, então, o facto de a jovem ter comido um alimento sem saber a sua origem.

O que se sabe

Loja manifestou-se
A proprietária da loja que fabricou o bolo de pote ingerido pela adolescente esclareceu que não foi responsável pela entrega do doce à menina. A Menina Trufa, nome da marca, admitiu ter sido a fabricante do produto.

De acordo com uma publicação no Instagram da loja, uma pessoa terá adquirido o produto como se fosse para consumo próprio e levado o bolo para outro local. Ainda de acordo com a Menina Trufa, a entrega à jovem que morreu foi realizada “a partir de um local desconhecido” e por um estafeta que não presta serviços à empresa, sem autorização ou vínculo com a marca.

Além de repudiar as tentativas de associação indevida à marca, a fabricante decidiu encerrar a loja esta terça-feira (3/6), em respeito pela família da jovem.

A Menina Trufa afirma que está a colaborar com as autoridades para esclarecer o sucedido.

Quem era a vítima
Os colegas de turma da adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que morreu devido a uma intoxicação alimentar depois de ter comido um bolo no pote, usaram as redes sociais para se despedirem da amiga. Uma publicação na página do “terceirão” G da Escola Estadual João Baptista de Oliveira, em Itapecerica da Serra, diz que Ana Luiza era meiga, amável, sorridente e simpática.

“Com um enorme peso, a nossa sala despede-se de uma linda estrela […] Nenhuma palavra será suficiente para consolar, mas desejamos que o amor e as memórias bonitas confortem, pouco a pouco, os corações magoados. A Ana fez, e sempre fará, parte da nossa história. Levaremos connosco os bons momentos, as aprendizagens e o carinho que deixou”, escreveram na publicação.

Ana Luiza foi sepultada na manhã desta terça-feira (3/6) no Cemitério Municipal Recanto do Silêncio.


sertao24horas