O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) de Coimbra contestou hoje o encerramento da urgência do Hospital dos Covões, alegando que a decisão “degradará os cuidados e sobrecarregará os profissionais de saúde” da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.
A ULS de Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra) anunciou que, a partir de hoje, o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões passará a funcionar como Centro de Atendimento Clínico, assegurando apenas situações agudas não emergentes.
Justificações e Contraponto
A ULS justificou a medida com a baixa procura da urgência, que estaria estimada em 10 a 15 atendimentos diários. O diretor do Serviço de Urgência da ULS, Henrique Alexandrino, invocou à Lusa a necessidade de uma melhor gestão de recursos.
Em comunicado, o MUSP contra-argumentou que esta “alegada falta de procura foi provocada pelo próprio Governo, ao deixar de encaminhar doentes para os Covões através da Saúde 24, desviando-os para unidades privadas e distantes”. O movimento considera, assim, “tratar-se de uma decisão economicista”.
Reações Políticas
O PCP também exigiu a reversão da decisão, defendendo que o número de utentes abrangidos pela área de influência do hospital “justifica a manutenção, em pleno, das urgências” e sublinhando que “as urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios”.
O MUSP de Coimbra concluiu, apelando à “reabertura e valorização das urgências dos Covões como referência no Serviço Nacional de Saúde” e exigindo “mais investimento público em médicos, enfermeiros e técnicos”.
Redaçao






