A Gripe H3N2, uma variante do subtipo K da Gripe A, instalou-se em Portugal com várias semanas de antecedência, coincidindo com o início da época fria. Esta estirpe propagou-se na Europa três a quatro semanas antes do habitual, levando as autoridades de saúde a alertarem para a possibilidade de uma temporada gripal mais exigente, especialmente devido à baixa adesão à vacinação.
A principal preocupação centra-se no facto de certos grupos experienciarem sintomas de maior intensidade. De acordo com a revista Máxima, as mulheres estão a apresentar os sintomas mais graves, devido a fatores biológicos e imunológicos.
Sintomas Mais Intensos nas Mulheres
Embora a H3N2 partilhe sintomas gerais com outros vírus gripais – como febre alta (acima de $38,5 \, ^{\circ}\text{C}$), dores musculares, calafrios, tosse seca e fadiga prolongada –, esta estirpe distingue-se pela intensidade da quebra física que provoca.
A publicação sublinha que, nas mulheres, observa-se uma tendência para febres mais altas, dores musculares acentuadas e um período de recuperação mais demorado. Estes efeitos são atribuídos a uma resposta imunitária mais marcada, associada a hormonas como o estrogénio, que resulta em maior inflamação.
A sensibilidade à dor pode aumentar e a recuperação pode ser ainda mais lenta durante as fases pré-menstruais ou menstruais. Acrescenta-se que vias respiratórias mais pequenas podem favorecer o risco de bronquite pós-viral, aperto torácico, sinusite ou enxaquecas associadas à inflamação persistente.
Risco para Grávidas e Sinais de Alarme
É crucial o destaque para o risco acrescido em mulheres grávidas, que enfrentam maior probabilidade de complicações graves, como pneumonia, desidratação, parto prematuro e hospitalização.
A revista recomenda procurar avaliação médica em casos de:
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Febre persistente por mais de 48 horas sem resposta a antipiréticos.
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Dor torácica ou dificuldade respiratória.
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Sinais de desidratação.
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Febre que reaparece após ter diminuído.
Prevenção e Grupos de Risco
Pessoas com anemia, asma, alergias respiratórias ou doenças autoimunes devem manter uma vigilância reforçada. A vacinação, quando elegível, e o uso de máscara em ambientes de risco ou em caso de sintomas são medidas de prevenção essenciais para reduzir o contágio.
Redação






