Search
Close this search box.

Casa Branca nega envolvimento de Trump em carta e desenho atribuídos a Jeffrey Epstein

A Casa Branca afirmou esta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não escreveu nem assinou uma carta, tampouco fez um desenho destinado a Jeffrey Epstein, como alegam democratas no Congresso.

A porta-voz Karoline Leavitt classificou a denúncia como “informações falsas destinadas a alimentar a conspiração democrata” em torno da relação entre Trump e o milionário condenado por crimes sexuais.

O Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgou hoje uma carta sexualmente sugestiva dirigida a Epstein, supostamente assinada por Trump. O documento, segundo os democratas, inclui um texto acompanhado de um contorno desenhado à mão representando uma mulher curvilínea.

Trump já havia negado qualquer ligação com a carta ou o desenho e processou o Wall Street Journal em 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros) por uma reportagem publicada em julho. O jornal noticiara que a carta, com assinatura de Trump, estava entre os presentes oferecidos a Epstein no seu 50.º aniversário, em 2003. A peça incluía ainda um desenho de uma mulher nua com a palavra “Donald” inscrita.

Segundo a publicação, a carta teria sido organizada por Ghislaine Maxwell, ex-assistente de Epstein condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual, que recolheu materiais de vários associados do milionário para compor um álbum de aniversário.

Após a divulgação da carta, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, publicou nas redes sociais imagens comparativas da assinatura oficial de Trump, alegando falsificação, e acusou a News Corp., dona do Wall Street Journal, de difamação.

A polémica reacende-se num momento em que cresce a pressão bipartidária no Congresso pela divulgação dos chamados “arquivos de Epstein”. O FBI e o Departamento de Justiça, no entanto, reiteram que não existe qualquer lista de clientes e que a morte de Epstein, encontrado enforcado na cela em 2019, foi resultado de suicídio.

Embora tenha reconhecido conhecer Epstein, Trump insiste que não teve envolvimento nos crimes e que rompeu a amizade com o milionário há décadas.

Com agências