Na véspera do Dia Internacional de Homenagem às vítimas de violência baseada na religião ou crença, o líder da comunidade muçulmana em Portugal, David Munir, alertou que o discurso de ódio contra o islão tem crescido nas redes sociais, devido à falta de conhecimento sobre a religião.
Para exemplificar a desinformação, Munir mencionou um cartaz falso circulando nas redes sociais, que gerou polêmica. Ele destacou que a percepção de que no islão a mulher não tem liberdade é falsa, refutando a ideia de submissão ao marido.
O presidente da Associação Ateísta Portuguesa, João Lourenço, relatou casos de discriminação contra ateus no país, principalmente no ambiente de trabalho, levando muitos a mudar de emprego devido à pressão. Lourenço ressaltou que, embora Portugal tenha liberdade religiosa, existem exceções e casos de discriminação até em escolas.
Manuel Mulji, presidente da comunidade Hindu, afirmou que os hindus se sentem integrados em Portugal. Globalmente, um estudo revelou que a liberdade religiosa foi violada em 61 países, com 5 bilhões de pessoas afetadas. A perseguição religiosa se intensificou em várias regiões, principalmente na África subsaariana, devido ao extremismo islâmico.
Em Portugal, mais de 7 milhões são católicos, 1 milhão se declara ateu, cerca de 36 mil são muçulmanos e quase 20 mil são hindus. O Dia Internacional de Homenagem às vítimas de violência baseada na religião ou crença busca condenar a intolerância religiosa, adotado pela ONU em 2019.