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Da luta à esperança: Keyla Sousa torna-se a primeira dermatologista de São Tomé e Príncipe formada em Coimbra

Keyla Sousa fez história ao tornar-se a primeira médica dermatologista de São Tomé e Príncipe. Depois de três anos de formação e estágio no Serviço de Dermatologia da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, concluiu com distinção — 19 valores — o Internato de Formação Específica em Dermatologia e Venereologia.

O próximo passo da jovem médica é regressar ao seu país natal para colocar os seus conhecimentos ao serviço dos são-tomenses, que há muito carecem de profissionais nesta especialidade.

“Durante o meu internato adquiri não só experiência prática, mas também humana, e aprendi a importância do trabalho em equipa para o bem-estar dos doentes. Quero agora dar o meu melhor contributo ao meu país, que tanto precisa de cuidados nesta área”, afirmou Keyla Sousa, visivelmente emocionada após a aprovação.

A sua formação em Coimbra contou com o acompanhamento próximo de médicos portugueses e o apoio remoto da Ordem dos Médicos de São Tomé e Príncipe. Para a diretora do Serviço de Dermatologia da ULS de Coimbra, Margarida Gonçalo, a jovem médica destacou-se pelo “empenho, humanismo e atitude positiva, qualidades que marcaram não só os doentes, mas também toda a equipa”.

Em São Tomé e Príncipe já existe uma secção dedicada à dermatologia, mas até agora não havia especialistas. O regresso de Keyla Sousa representa, por isso, um marco para o sistema de saúde do país e uma esperança para milhares de doentes que, até aqui, viam o acesso a este tipo de cuidados altamente limitado.

“Este é um motivo de orgulho não só para Coimbra, mas para toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, sublinhou Alexandre Lourenço, presidente do conselho de administração da ULS de Coimbra, destacando o compromisso da instituição na formação de profissionais que reforçam a equidade em saúde a nível global.

Entre a dedicação em Portugal e o regresso às ilhas, a história de Keyla Sousa é símbolo de superação pessoal, esperança coletiva e compromisso com o futuro da saúde em São Tomé e Príncipe.

Redação com diariocoimbra