Chegar ao século de vida é uma meta inatingível para a maioria, mas no caso de Emília Pires Rocha, a barreira dos 100 anos foi ultrapassada há muito.
Nascida a 27 de outubro de 1917, Emília completa hoje, nada mais, nada menos do que 108 anos de idade. Uma vida longa, com mais de um século de histórias e memórias que atravessaram tempos de guerra, revoluções e grandes transformações globais.
Hoje é dia de festa na Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho, a instituição que a acolhe, onde se celebra esta longevidade notável. Pelas 16h00, na habitual hora do lanche, soprar-se-ão as velas numa “pequena homenagem”, como faz questão de sublinhar a Misericórdia. A festa contará com os restantes utentes, os funcionários da Santa Casa e a sobrinha, a sua única familiar, que ajudou a organizar o evento.
O Segredo da Solteirice
Emília Pires Rocha é natural de Verride, onde sempre viveu e trabalhou como costureira. Foi apenas há cerca de um ano e meio que se tornou utente da Misericórdia de Montemor-o-Velho, instituição escolhida por ser onde residia o seu irmão (entretanto falecido).
“Até aos 106 anos vivia autonomamente”, comentou uma responsável da instituição. Emília só se institucionalizou quando “começou a perder algumas faculdades” e viver sozinha deixou de ser seguro.
Embora hoje utilize cadeira de rodas e a sua saúde se encontre mais debilitada, tal é uma circunstância “relativamente recente”. A utente “tem momentos lúcidos e outros não, só precisa de uma ajuda”, refere a responsável.
Questionada sobre o segredo para a longevidade, a aniversariante tem uma resposta que sempre fez questão de partilhar: ter-se mantido solteira.
“Ela diz que o segredo é não ter casado”, revela a responsável da Santa Casa da Misericórdia de Montemor. Emília Rocha não tem filhos, sendo a sua única família a sobrinha que, frisa a instituição, a visita com regularidade.
Redação
