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Homem morre em Bragança após esperar 1h20 por socorro, apesar de viver a apenas 2 km da VMER

O homem que faleceu em Bragança após esperar uma hora e 20 minutos por atendimento de emergência morava a apenas dois quilómetros da base da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), que, após ser acionada, chegou ao local em cinco minutos.

Data do incidente: 31 de outubro
Local: Bragança
Tempo de espera pelo socorro: 1h20

Fatores críticos apontados pelo relatório da IGAS:

  • Ausência de manobras de reanimação imediatas
  • Falta de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) no local
  • Início do suporte básico de vida apenas às 17h08
  • Intervalo superior a 10 minutos entre paragem cardiorrespiratória e início das manobras

Conclusões da IGAS: A inspeção classificou o atraso como “excessivo, exagerado e inaceitável”. Apontou ainda que um atendimento mais célere poderia ter aumentado as chances de sobrevivência. Embora não tenha sido possível identificar com certeza o responsável pela falha, foi admitida a hipótese de responsabilidade do Estado pelo funcionamento inadequado do serviço.

A IGAS também destacou que o INEM deve rever urgentemente os procedimentos relacionados ao tempo de retorno de chamadas e garantir que situações similares não voltem a ocorrer.

Distância entre residência e VMER: 2 km

Segundo o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), o homem sofreu um enfarte agudo do miocárdio durante a greve dos técnicos do INEM. Sua esposa tentou contato com o 112 às 15h45, mas a chamada não foi atendida de imediato. A ocorrência só foi registada às 16h12.

Conforme depoimento de um técnico do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Porto, a chamada permaneceu sem atendimento no “Separador 112”, sendo só atendida às 17h pelo CODU de Coimbra, mais de uma hora depois da tentativa inicial.

A ambulância dos Bombeiros Voluntários de Bragança foi acionada às 17h04 e chegou ao local às 17h08. A VMER foi ativada às 17h03, também tendo chegado ao local cinco minutos depois.

Fatores críticos apontados pelo relatório da IGAS: