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Literatura Brasileira Domina Oceanos 2025: Ana Maria Vasconcelos e Silvana Tavano vencem o prémio

As escritoras brasileiras Ana Maria Vasconcelos e Silvana Tavano são as grandes vencedoras do Prémio Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa 2025. Ana Maria Vasconcelos foi distinguida na categoria de Poesia com a obra “Longarinas”, e Silvana Tavano venceu na categoria de Prosa com o romance “Ressuscitar mamutes”.

O anúncio foi feito durante uma cerimónia especial, na noite de terça-feira no Brasil (início de quarta-feira na Europa), realizada na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, que celebra o seu centenário.

Os Livros Vencedores e as Distinções

  • Poesia: “Longarinas”, da poeta alagoana Ana Maria Vasconcelos (editado pela 7Letras). O curador brasileiro destacou que o livro “privilegia a forma curta para tratar da passagem do tempo e da permanência; uma poesia que se organiza em torno do mínimo e da observação”.

  • Prosa: “Ressuscitar mamutes”, da paulista Silvana Tavano (editado pela Autêntica Contemporânea). A obra, o segundo romance da autora, foi elogiada por cruzar o ensaio e a ficção, mesclando especulações científicas com o relato de uma experiência de luto.

Os autores distinguidos irão partilhar o prémio monetário total de 300 mil reais (cerca de 47,4 mil euros), com 150 mil reais destinados a cada um dos vencedores.

Homenagem aos Finalistas e Presença Lusófona

A edição deste ano contou com 3.142 concorrentes de 488 editoras do Brasil, de Portugal e dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).

Entre os dez finalistas, figuravam nomes de peso da literatura em português, como os portugueses Ricardo Gil Soeiro e Rui Cardoso Martins, a escritora portuguesa Teresa Veiga, o angolano José Eduardo Agualusa e o moçambicano Mia Couto.

Os finalistas foram homenageados com uma performance artística singular dirigida pelo escritor e músico Luca Argel, que criou uma melodia inspirada em cada um dos dez livros. A cerimónia incluiu ainda uma intervenção do escritor e ativista indígena Daniel Munduruku, que defendeu a importância de a sociedade brasileira reconhecer a sua rica literatura indígena.

O Prémio Oceanos é administrado pela Associação Oceanos, em Portugal, e pela Oceanos Cultura, no Brasil, e é patrocinado pelo Banco Itaú e pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal (DGLAB).

Redação