Selecionador de Portugal avisa, ainda, que “seria um erro pensar que Espanha é só” Lamine Yamal.
Roberto Martínez não quis ouvir falar de sentimentalismos, este sábado, na conferência de imprensa de antevisão à tão aguardada final da Liga das Nações, na qual estarão pela frente Portugal (o país que orienta) e Espanha (o país onde nasceu).
O selecionador nacional teceu rasgados elogios a Luis de la Fuente e a todos os jogadores que este tem à disposição, mas avisou que “seria um erro” delinear um plano tendo como objetivo, única e exclusivamente, travar Lamine Yamal, apesar da influência que este exerce sobre toda a equipa ‘vizinha’.
A terminar, o catalão enalteceu o papel desempenhado por Cristiano Ronaldo (o capitão, que se sentou a seu lado, perante os jornalistas) no balneário da equipa. Ainda assim, recusou ‘abrir o livro’ a propósito do onze que irá elencar, na Allianz Arena, em Munique.
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Vitinha e Fabián Ruiz na luta pela Bola de Ouro
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Sem dúvida, porque os prémios individuais são injustos. O futebol é um desporto coletivo, por isso, penso que a equipa vencedora deveria ter a Bola de Ouro. Quando vês o que fizeram no PSG, vês que têm muitas oportunidades, mas é subjetivo, porque depende da opinião. Os prémios individuais são um pouco difíceis de opinar. Eu tenho a oportunidade de trabalhar com Vitinha, e aprecio enormemente o que é como futebolista. Considero-o um fora de série. É um jogador único, difícil de encontrar. Se não ganhar agora, tem potencial para ganhar no que lhe resta da carreira.
Diferenças entre Portugal e Espanha
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: É diferente e muito semelhante ao mesmo tempo. Os jogadores portugueses e espanhóis partilham uma coisa, que é adorarem indicações táticas, mas também ser competitivos. Adoram ambas, e não é fácil encontrar isso. Aqui, há um misto. O processo é muito exigente. Estamos a falar de países diferentes, Espanha é um país muito maior, com variações geográficas. Aqui, o Portugal é mais pequeno, ainda que seja muito diferente, no Norte e no Sul.
Portugal habituado a começar a perder
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: É muito interessante, porque, quando nos apurámos para o Euro, vencemos dez jogos e nunca estivemos a perder. Eu continuava a dizer aos jogadores que tínhamos de demonstrar o que acontece quando começamos a perder, e, provavelmente, agora, pensarão que ficamos satisfeitos por estar numa posição diferente, de reagir. Talvez amanhã seja diferente, mas qualquer equipa tem de ser resiliente e passar por momentos difíceis para dar a volta. Contra a Alemanha, gostei da nossa postura corporal, que nos permitiu ganhar o jogo. Isso é essencial. A qualidade individual pode ganhar, mas precisamos de outros aspetos para sermos uma equipa vencedora.
Continua a confiar em João Palhinha
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: É daqueles jogadores que se veem pouco, mas a influência é total, no jogo e nos treinos. Tem uma intensidade, uma exigência… É um jogador de que temos poucos, em Portugal. É muito inteligente, defende perto dos centrais, tem uma capacidade de utilizar o passe longo e curto, abre o jogo… Foi um ano difícil para ele, a nível pessoal. Falo muito com Vincent Kompany e temos a mesma opinião. Foi um ano muito difícil e ele nunca baixou os braços. Está lá sempre para ajudar. Podemos sempre confiar nele, por isso é que é um jogador essencial, com mais ou menos minutos. A concorrência é máxima, mas espero o melhor do João Palhinha na próxima temporada. Que o trabalho com Vincent Kompany possa retirar o melhor de si.
Portugal-Espanha podia ser final de Mundial
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Quando olhas para o que é a Liga das Nações… Estamos a falar das melhores seleções da Europa. Nos quartos de final, o nível é muito semelhante, o que nos torna melhores. Quando acrescentas Argentina e Brasil, estamos a falar do maior nível de seleções do mundo. Isso ajuda muito a preparar, quando tens pouco tempo para treinar. O nível dos jogos e das competições ajuda muito a ver onde podemos chegar. Desde que cheguei, o objetivo global era o Mundial’2026 e fazer o que nunca se fez em Portugal, que é ganhar um Mundial. Apurámo-nos para o Europeu com dez vitórias. Fazer coisas distintas ajuda muito a crescer. Teríamos de vencer o grupo se queremos vencer o Mundial. Amanhã, fará parte desse processo.
Melhor momento da história de Espanha
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Eu falaria do futebol ibérico. Primeiro, porque adoraria ter muito tempo para explicar o que é Portugal na formação. Estamos a falar de um país de dez milhões de habitantes que, para mim, tem a melhor estrutura de formação da Europa, a nível do tamanho do país. Há um nome comum, que é Cruyff. É um dia muito bonito para recordá-lo e agradecer-lhe por dar-nos esta luz, entendendo o jogo de maneira distinta, atrativa para quem o acompanha. Espero que sejam anos em que possamos crescer juntos. Que Portugal ganhe a final de amanhã, mas que tenhamos Espanha como referência.
Como planeia travar Lamine Yamal
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: É uma surpresa que um jogador tão jovem tenha essa capacidade de ser consistência. Há posições onde é fácil ser consistente, e a de extremo é a mais difícil. Isso vem com experiência, mas é uma situação única no futebol. É uma estrela, que marca a diferença. Ter esta consistência a este nível de exigência é de jogador único. Tentar travá-lo… Seria um erro pensar que Espanha é só um jogador. Amanhã, sem bola, teremos de ser muito solidários. Com ela, veremos o que podemos fazer.
Convidado para orientar Espanha
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Não. Falar de Luis de la Fuente enche-me de orgulho, porque acompanhei muito proximamente o que fez nos sub-21. Naquela altura, eu era treinador da Bélgica e seguia o campeonato de sub-21. O que Luis de la Fuente… Vi que tem capacidade de liderar e criar equipas vencedores. O que está a fazer não é uma surpresa, já tinha provas disso. Todos estamos sob a mesma lupa, que é a de ter de ganhar, e as vitórias dele falam por si mesmas. Criou uma equipa que é mais difícil de defrontar, porque é capaz de pausar o jogo muito bem, mas também de acelerar muito bem o ritmo.
Espanha marca muito, mas também sofre
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Não critiquei nada. Espanha é a melhor seleção do mundo em certos aspetos. O importante é que, no jogo, utilizemos os outros, mas é assim em todos os jogos. Não há equipas perfeitas. Temos é uma seleção que é campeã europeia e da Liga das Nações. Luis de la Fuente criou um espírito que parece mais de clube do que de seleção, o que faz com que, quando os jogos se complicam, consigam ser competitivos. Não vejo aspetos negativos numa seleção, vejo o que existe no futebol.
Ansiedade antes da final
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Não há ansiedade. É o contrário. Temos uma oportunidade de fazer história. Ansiedade é quando há oportunidade de perder qualquer coisa. Estamos onde queremos estar, é o décimo jogo de uma competição que tem o formato mais exigente do futebol mundial, porque não é só um torneio, mas uma Liga. O espírito no hotel é muito bom. Agora, temos mais um membro na família da seleção. Parabéns ao Gonçalo Ramos e à Margarida. Chegou o Bernardo e estamos muito felizes.
Qual será o onze de Portugal
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Roberto Martínez: Vocês já sabem como trabalho. A decisão do onze é feita depois do último treino, pela forma como trabalhamos, como os jogadores treinam… Há muito a avaliar no último treino. O que posso dizer é que acredito em todos os jogadores, e isso é uma vantagem. Não há um onze, há uma ideia de jogo. A nossa reação à perda tem de ser perfeita, porque, se deixamos Espanha usar os contra-ataques… São a melhor seleção do mundo. Precisamos de fazer tudo aquilo em que somos muito bons. Demonstrámos, contra a Alemanha, que somos capazes de controlar o jogo com bola. É isso que precisamos de fazer, com muita personalidade, reagindo rapidamente e defendendo bem, contra uma equipa que tem uma qualidade excecional no ataque.
Vai olhar para o céu sabendo que há alguém a torcer
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Os amigos, é fácil. Não podem perder, ganhe quem ganhar. Adoram a sua seleção e, agora, Portugal. É um jogo onde não há um perdedor. Estou aqui porque o meu pai foi uma influência, e isso é mais forte.
Como vai aproveitar as valência dos jogadores
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Roberto Martínez: O futebol de seleções é isso. É um processo longo, de procurar as melhores ligações, os melhores conceitos… Portugal não vai mudar nada do que somos para conquistar a final. Acreditamos nos conceitos e no que podemos fazer. Espanha tem, provavelmente, o melhor jogo do mundo. Têm jogadores capazes de manter a bola e atacar rapidamente, que é um aspeto diferente do futebol espanhol. Precisamos de defender bem isso, mas a chave para Portugal ganhar é sermos perfeitos naquilo que somos bons, e não sermos pragmáticos ou mudar a nossa ideia. Seria um erro.
Cristiano Ronaldo defendeu-o das críticas
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: O capitão quer jogar amanhã… Estou a brincar. O Cristiano é um jogador que está a jogar a sua quarta final pela seleção. É incrível, um exemplo. Adoro a sua fome. É um jogador que ganhou tudo e, no dia a seguir, começa do zero. O Rodrigo Mora, o Quenda, o João Neves, chegarem ao balneário e poderem trabalhar com o Cristiano é uma prenda. Espero que, amanhã, seja uma memória para as nossas carreiras. Acho que o trabalho da equipa é o que acontece no balneário. Temos de ajudar os jogadores a desfrutar do jogo, a fazer a diferença e a vencer. Em dois anos e meio, o nosso trabalho dentro do balneário foi mútuo. Todos temos um compromisso total, é um balneário solidário, que gosta da responsabilidade, e, amanhã, vamos dar tudo para fazer do povo português um povo muito feliz.
Vitinha, Francisco Conceição e Nélson Semedo foram importantes
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Roberto Martínez: Não é uma avaliação correta. O onze inicial fez um jogo fantástico, a controlar o jogo. Depois, os três que entram dão o que queríamos, que era chegar mais ao último terço, controlar a bola no meio-campo da Alemanha… Fizemos um jogo muito, muito bom, do primeiro ao último jogo, mas diferente. Na primeira parte, travámos completamente o que a Alemanha faz, normalmente. A chegada à baliza foi mais na segunda parte, com essas entradas, e foi nisso que trabalhámos que durante dois anos e meio. Ter jogadores com valências diferentes, criar ligações que podem fazer a diferença… É nisto que a final é totalmente diferente. Espanha não é a Alemanha. Espanha tem aspetos da melhor equipa do mundo, mas a equipa perfeita não existe, por isso, temos de trabalhar bem, utilizando os jogadores titulares e os que terminem.
Criticado pela falta de troféus
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: Estamos no futebol para ganhar, e um aspeto para avaliar isso são os troféus. Outro é o ranking, que dá mostra da consistência do trabalho. A Bélgica foi número 1 do mundo durante quatro anos consecutivos. Precisamos de vitórias, golos, pontos, detalhes, oportunidades, espírito… Há muitos aspetos por que é possível avaliar um selecionador. Tenho muito orgulho por ser o terceiro selecionador de Portugal a poder preparar uma final, e é nisso que estou focado. Vou dar tudo para que os adeptos fiquem muito contentes.
Chances de Portugal na final
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Roberto Martínez: O foco é o que temos de fazer. Se o nosso desempenho estiver ao mesmo nível do da meia final, acredito muito. O adversário é grande, mas acho que não é um jogo para o aspeto técnico e tático, mas para demonstrar a resiliência que demonstrámos contra a Alemanha. Agora, acho que estamos preparados para ganhar a final. Contra a Alemanha, era um jogo difícil, porque tínhamos de demonstrar a nossa confiança para jogar olhos dos olhos contra uma equipa contra aquela, fora de casa, com resultados muito bons. Fazer aquilo, após 25 anos e de sofrer o primeiro golo… Se apresentarmos a mesma personalidade e resiliência, estaremos preparados para ganhar a final.
Jogo mais especial da carreira
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Roberto Martínez: Vivo com naturalidade. Claramente, há um aspeto sentimental, sou espanhol, mas isso é para uma conversa para ter com os netos, daqui a 10 ou 15 anos. O foco é ganhar a final. Adorei o espírito no treino, hoje temos mais um. Queremos trabalhar bem e preparar uma final muito especial. Essa responsabilidade faz com que possamos dar o melhor de nós.
Pode Cristiano Ronaldo jogar com Lionel Messi?
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Cristiano Ronaldo: Brincalhão… Tenho muito carinho pela Argentina, a minha mulher é argentina, como posso não ter? Amo-a e tenho um carinho muito especial, e tive convites para jogar o Mundial de Clubes da Argentina. Nunca se sabe… O tempo está aí, já tenho 40 anos, mas nunca posso dizer que dessa água não beberei. Acho muito difícil. Nunca fui à Argentina, mas quero ir, tenho muito carinho pelos argentinos. Não tenho clube favorito… Tenho carinho por Messi. Fomos rivais durante muitos anos, mas estamos neste cenário há 15 anos. Messi não falava inglês, e eu traduzia-lhe, nas galas, o que tínhamos de fazer. Sempre me tratou bem e respeitou-me muito. É muito difícil, mas nunca se sabe.
Confiança em Roberto Martínez
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Se um selecionador chega à final, é porque tem feito um excelente trabalho. Questionar uma pessoa que tem um recorde espetacular por Portugal, faz-me confusão, mas entendo. Se um selecionador vai à final e é contestado, imagina os outros. Tem havido um pouco falta de respeito nesse tema. Falar de outros treinadores é uma falta de noção, mas o mister tem feito um trabalho extraordinário. Mesmo quando ganhas, há essa contestação, mas faz parte dos papagaios que estão em casa e dão a sua opinião. Aquilo que temos a dizer é que estamos muito felizes com o trabalho que o mister tem feito, porque chegar com uma nacionalidade diferente, falar o nosso idioma, cantar o nosso hino com uma paixão que vejo… É o que mais valorizo. O resto, não importa para nada. Os resultados são muito positivos, independentemente de ganhar ou não, vai haver sempre debate, mas, para mim, não faz sentido nenhum.
Favoritos ao Mundial’2026
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Espanha, certamente. Portugal… Veremos, porque, historicamente, não é igual. Espanha está habituada a ganhar um pouco mais. Se tivesse de apostar, diria que Espanha, certamente, estará lá. Portugal, oxalá. Não sei o que vai acontecer e não me preocupa. O momento é bonito, estou a competir com jogadores 20 anos mais jovem, o que me motiva a continuar. Estou feliz. Não posso falar no dia de amanhã, porque a vida e o futebol mudam, por isso, vivo o momento.
Até quando continuará a jogar
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Implementei algo na minha vida que é viver o presente e não pensar demasiado no futuro. É isso que incuto na minha vida, e está a correr muito bem, porque estou a desfrutar. Não tenho muitos mais anos para poder jogar. A carreira fala por si mesmo, estou a desfrutar do momento. Dar um prazo… Não sei, porque talvez amanhã me levante e diga ‘Não me apetece jogar mais’, mas, neste momento, não sinto isso. Estou a desfrutar e estou muito feliz, independentemente de não ganhar. Quando ganhas, tens mais motivação, mas estou a desfrutar. Deixem ver o que vai acontecer.
Que conselho daria a Lamine Yamal
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Gosto de dar conselhos a quem os queira escutar, em privado. Conhecem-me muito bem, já disse que considero que os prémios individuais perderam o consenso do mérito. Não há algo que possas dizer que faça com que ganhas. Normalmente, na minha opinião, quem deveria ganhar é quem se destaca e conquista a Liga dos Campeões. Quem ganha a Liga dos Campeões tem muitos jogadores que podem vencer. Já não acredito muito nos prémios individuais, porque sei o que se trabalha por trás da verdade. O rapaz tem um grande potencial, sem dúvida. Se continuar assim, dentro de dois, três ou quatro anos ganhará, fácil. Tanto ele como Mbappé, Dembélé, Vitinha, outros jogadores de Espanha que vão surgindo… Os prémios individuais já são um pouco irrelevantes.
Filho também joga
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Cristiano Ronaldo: Tenho muita ligação a Espanha, por isso, tenho um carinho muito especial. Falam muito do nome dele, e com razão, porque é muito bom, mas eu tenho de valorizar Espanha, porque foi sempre uma das melhores seleções do mundo. É uma equipa muito competente. Têm Williams, que é muito bom jogador, os médios também, Pedri e toda essa geração jovem… O próprio treinador está a fazer um grande trabalho, é uma pessoa muito séria. É um rival muito difícil. Joguei mil vezes contra Espanha, e é sempre bom de se ver. Espero que seja um jogo difícil, que as pessoas se divirtam e que, no final, Portugal possa ganhar.
Surpreendido com Lamine Yamal
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Cristiano Ronaldo: A verdade é que o rapaz está a fazer as coisas muito bem. Está num clube e uma seleção que o ajudam bastante, o que é propício a potenciar as suas qualidades. O que peço é que deixem o rapaz crescer tranquilamente. Não o pressionem tanto. Para bem do futebol, há que deixá-lo crescer com tranquilidade e desfrutar dele durante muitos anos. Vocês podem ajudá-lo nesse sentido, deixando-o tranquilo, porque talento não lhe falta.
Contactos para estar no Mundial de Clubes
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: É irrelevante, não faz sentido falar de outras coisas que não a seleção. Houve bastantes contactos. Há coisas com sentidos, outras sem sentido… Não se pode ir a todas, há que pensar no curto, médio e longo prazo, e é uma decisão que está praticamente decidida da minha parte, que é não ir ao Mundial de Clubes, mas tive bastantes convites.
Já marcou três golos num jogo contra Espanha
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: A vida também é baseada em memórias, que fazem o que somos hoje. De vez em quando, há um flashback dessas boas memórias, que é motivador. Ao longo dos anos, o futebol ensinou-me que o passado é passado, e que há viver os momentos presentes como os últimos. Não é o último, mas é dos últimos. É um troféu bonito, que Portugal já ganhou, mas queremos ganhar outra vez. Tudo pode acontecer, mas espero que possamos levar o troféu para Portugal.
Cristiano Ronaldo contra Lamine Yamal
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Sempre que joguei, em finais, é Cristiano contra este ou aquele. Já não me tira o sono, estou acostumado. São gerações completamente diferentes. Uma está a acabar, outra a começar… Podiam fazer Lamine contra Vitinha, que estão mais perto, mas não há problema. Dou o corpo às balas, é irrelevante quando falam no Cristiano contra este ou aquele. Não é assim, é uma equipa contra outra, e será sempre assim, mas entendo. Os media fazem com que haja mais calor no jogo. É bonito e normal. O que mais desejo é que Portugal possa estar num bom nível, que façamos um grande jogo e ganhemos, contra uma seleção muito boa, possivelmente, a melhor do mundo.
Arredado das finais nos últimos anos
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Nem por isso… O futebol é isto, há momentos em que ganhamos muitas coisas, outros em que não se ganham troféus coletivos. Não se pode ganhar sempre, mas falta o último tiro da temporada, que é amanhã. Estou confiante de que Portugal vai sair com o troféu. É um jogo difícil, mas possível.
Não pensa em abrandar
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Não me apetecia nada falar com vocês, hoje. Estou a brincar. Acontece com todos, há dias bons, maus, em que não apetece falar… Não é o caso. Faz parte da vida, mas tento sempre, quando acordo num dia menos bem disposto, colocar a moral lá em cima. É isso que tenho feito sempre, na minha vida, dentro e fora do futebol. Pai de família, tenho os meus filhos… É um desafio bonito e interessante, de que gosto bastante.
Que jogo espera
Carlos Pereira Fernandes | agora mesmo
Cristiano Ronaldo: Cada jogo tem uma história diferente. Não ganhávamos à Alemanha há vários anos, mas os capítulos mudam. Espero que, amanhã, Portugal possa ganhar esta final. Vai ser duro, as finais são difíceis, contra uma seleção muito confiante, que não perde há 24 jogos, mas Portugal tem as suas armas e vamos para dentro de campo com pensamento positivo.
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