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Moçambique reforça combate à malária com vacinas e maior capacidade de testagem

Pelo menos 99 pessoas morreram entre janeiro e agosto deste ano vítimas de malária na província de Niassa, norte de Moçambique, que registou 448.526 casos da doença. Apesar do aumento de 62,3% face a 2024, as autoridades destacam melhorias significativas na resposta, nomeadamente através da vacinação e do reforço da vigilância epidemiológica.

De acordo com o Conselho Executivo Provincial de Niassa, além da malária, foram confirmados 68 casos de mpox no mesmo período, sobretudo no distrito de Lago. A doença afeta igualmente outras províncias, como Maputo (4 casos), Manica (3) e Cabo Delgado (1).

Para travar a propagação, o Governo moçambicano anunciou o reforço da vigilância fronteiriça e campanhas de sensibilização junto das comunidades. As autoridades sublinham ainda que o país dispõe agora de capacidade para realizar 4.000 testes de mpox, dos quais quase 800 já foram utilizados, além de novos reagentes para identificar estirpes do vírus.

A nível da malária, Moçambique começou a administrar a vacina R21/Matrix-M, desenvolvida pela Universidade de Oxford, considerada uma das grandes esperanças na proteção de crianças contra a doença. O país registou, em 2024, mais de 11,5 milhões de casos e 358 mortes, mas especialistas assinalam progressos no diagnóstico precoce e na prevenção.

Segundo dados do Governo, Moçambique tem atualmente capacidade para realizar testes laboratoriais em todas as capitais de província, um avanço assinalável face a três anos atrás.

Redação