Primeiro-ministro destaca importância do entendimento transatlântico, mas alerta para novas exigências em matéria de comércio e competitividade.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou esta segunda-feira que o novo acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos “traz previsibilidade e estabilidade” à economia, sublinhando que evita uma escalada nas tensões comerciais. No entanto, deixou um alerta para os desafios que o entendimento implica.
Através de uma publicação nas redes sociais, o chefe do Governo reagiu ao acordo alcançado no domingo, que estabelece tarifas aduaneiras norte-americanas de 15% sobre produtos europeus.
“O acordo comercial UE-EUA traz previsibilidade e estabilidade, vitais para as empresas portuguesas e para a economia”, afirmou Montenegro, acrescentando que o entendimento “evita a escalada”, mas “impõe novas exigências na luta por mais acordos de comércio, na eliminação de barreiras e na agenda de simplificação e redução de custos”.
O acordo inclui ainda o compromisso da União Europeia de adquirir energia dos Estados Unidos no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros), numa estratégia que visa substituir o fornecimento de gás russo. Estão também previstos investimentos adicionais na ordem dos 600 mil milhões de dólares (aproximadamente 514 mil milhões de euros), bem como um reforço nas compras de material militar.
Recorde-se que, diariamente, os Estados Unidos e os países da UE movimentam cerca de 4,4 mil milhões de euros em trocas comerciais de bens e serviços.