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Pata-de-vaca: conheça a “insulina vegetal” que alia beleza e propriedades medicinais

Além de ornamental, a pata-de-vaca (Bauhinia forficata) é reconhecida na medicina natural pelas suas propriedades terapêuticas, especialmente no controlo da glicemia — o que lhe vale o apelido de “insulina vegetal”.

Originária da América do Sul, distingue-se pelas flores vistosas, semelhantes às de orquídeas, muito usadas em jardins e espaços urbanos. Para além de auxiliar no controlo da diabetes tipo 2, apresenta ação antioxidante, diurética e depurativa.

Cultivar a planta em casa é uma forma de unir saúde, contacto com a natureza e valorização paisagística.

Propriedades e usos terapêuticos

As folhas da pata-de-vaca são ricas em flavonoides e alcaloides, compostos que ajudam a regular a insulina e o metabolismo da glicose.
Entre os benefícios associados estão:

  • Ação antioxidante – combate os radicais livres;

  • Efeito diurético – favorece a eliminação de toxinas;

  • Função depurativa – auxilia o fígado e os rins;

  • Apoio na cicatrização e alívio de sintomas urinários.

Cultivo e condições ideais

A pata-de-vaca adapta-se bem a climas tropicais e subtropicais, preferindo temperaturas entre 18 °C e 32 °C e bastante luz solar. Embora tolere pequenas quedas de temperatura, não suporta frio intenso.

Para um bom desenvolvimento, recomenda-se solo fértil, profundo, bem drenado e rico em matéria orgânica. A adubação pode ser feita com esterco bem curtido ou compostos orgânicos.

A propagação é feita por sementes ou mudas. As sementes, ligeiramente lixadas antes da plantação, germinam entre 10 e 20 dias. Devem ser colocadas a 2–3 cm de profundidade em solo húmido. Quando as mudas atingem cerca de 20 cm, podem ser transplantadas para o local definitivo, preferencialmente no final do dia ou em dias nublados.

Crescimento, floração e cuidados

Em áreas urbanas, deve ser previsto espaço para o porte da árvore, que pode atingir entre 6 e 10 metros de altura. A floração surge normalmente entre dois e três anos após o plantio, com flores grandes e coloridas — brancas, lilases ou roxas — que aparecem da primavera ao início do verão.

Após a floração, surgem frutos em forma de vagem, que abrigam as sementes. Em condições adequadas, a árvore floresce com vigor todos os anos.

Consumo seguro

As folhas são utilizadas em infusões e chás, sempre com orientação de um profissional de saúde, sobretudo por pessoas que já utilizem medicamentos para controlo da diabetes, pois a planta pode potenciar os seus efeitos.

A colheita deve ser feita pela manhã, com secagem à sombra e armazenamento em local seco e arejado. Para fins medicinais, recomenda-se a espécie Bauhinia forficata, distinta de variedades de uso apenas ornamental.

Redação