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Poeta brasileiro radicado no Porto é semifinalista do Prémio Jabuti com “Desrazão”

ean Sartief, poeta, fotógrafo e artista visual natural de Natal (RN), e residente no Porto desde 2019, é um dos semifinalistas da 67.ª edição do Prémio Jabuti — a mais prestigiada distinção literária do Brasil. O autor concorre na categoria Produção Editorial/Capa com o livro de poemas Desrazão, e aguarda agora a divulgação dos finalistas, marcada para terça-feira, 7 de outubro.

Radicado no norte de Portugal há seis anos, Sartief afirma ter encontrado na cidade uma nova forma de pertença. Inspirado por Agustina Bessa-Luís, costuma dizer que “o Porto não é só a cidade em que vive, mas a cidade que escolheu para viver”.

Além da escrita, destaca-se também na fotografia, área em que já foi premiado em concursos no Brasil e em Portugal. Em parceria com a artista e editora Rita Machado, lançou o livro EntreRios, que cruza imagem e poesia.

Em 2023, publicou em Portugal Difíceis Afetos, o seu oitavo livro de poemas e o primeiro editado no país, pela casa editorial luso-brasileira Urutau. A obra foi apresentada na Feira do Livro do Porto, reforçando a ligação do autor à cena cultural local.

A capa de Desrazão, que lhe valeu a nomeação ao Jabuti, apresenta uma composição minimalista com um ovo e um abridor de garrafas — elementos que, segundo Sartief, criam uma tensão simbólica entre fragilidade e aspereza, vida e morte, ampliando o sentido dos poemas.

Este ano, o Prémio Jabuti recebeu 4.530 obras inscritas em diversas categorias. Os vencedores serão anunciados a 27 de outubro, numa cerimónia no Rio de Janeiro. Em 2024, outro brasileiro residente em Portugal, Wladimir Paz, também foi finalista da distinção.

Redação com  DN