Search
Close this search box.

Portugal em Chamas: Alterações Climáticas e Desflorestação Aumentam Risco de Catástrofes Naturais

Alterações Climáticas e Desflorestação Aumentam Risco de Catástrofes Naturais

As alterações climáticas provocadas pela atividade humana tornaram as ondas de calor em Portugal até 40 vezes mais prováveis, segundo um estudo recente do grupo internacional World Weather Attribution. Este fenómeno extremo, que alimentou incêndios florestais devastadores em agosto, é agravado por décadas de desflorestação, má gestão dos recursos naturais e abandono das zonas rurais.

Temperaturas Extremas e Territórios Vulneráveis
Durante o mês passado, a Península Ibérica registou temperaturas superiores a 40 °C em várias regiões. O calor persistente alimentou incêndios florestais intensos, sobretudo no norte de Portugal e no oeste de Espanha, provocando a morte de pelo menos quatro pessoas em cada país, a evacuação de milhares e a destruição de vastas áreas de floresta.

O Impacto Humano no Clima
A queima de combustíveis fósseis e a degradação ambiental tornaram as condições propícias a incêndios 30% mais intensas e muito mais frequentes. Sem o aquecimento global induzido pelo ser humano, estas condições ocorreriam apenas uma vez a cada 500 anos. Hoje, surgem a cada 15 anos.

Desflorestação e Êxodo Rural: Um Terreno Perfeito para o Fogo

O abandono das práticas agrícolas e pastoris tradicionais deixou grandes áreas de vegetação sem controlo, tornando-as altamente inflamáveis. A má gestão florestal e o acumular de combustíveis finos — como folhas secas e arbustos — criam um cenário perigoso, onde qualquer faísca pode desencadear uma tragédia.

Números Alarmantes

  • Mais de 280 mil hectares foram queimados em Portugal desde o início do ano.
  • Espanha perdeu mais de 380 mil hectares, um recorde histórico.
  • A onda de calor de agosto foi a mais intensa desde que há registos, com temperaturas médias 4,6 °C acima da média.
  • Estima-se que mais de 1.100 mortes em Espanha estejam relacionadas com o calor extremo.

Um Chamamento à Ação
A crise climática não é uma previsão futura — é uma realidade presente. A proteção das florestas, a revitalização das zonas rurais e a transição energética são urgentes. Sem ação coordenada, Portugal continuará a enfrentar verões cada vez mais letais.

 

Redação com noticiasaominuto