O avanço dos construtores chineses de pneus no mercado europeu está a ser galopante. Nos últimos 20 anos, a quota no mercado quadruplicou.
Foi o que revelou ao El Mundo a diretora-executiva da Michelin Espanha e Portugal, María Paz Robina, ao destacar o impacto da entrada das marcas asiáticas. Em duas décadas, a quota de mercado asiática passou de 5% para 20%, tornando difícil a competição para os fabricantes europeus premium, devido a custos e exigências da UE.
Robina apela para que a UE ajude a indústria sem criar barreiras, exigindo normas iguais para todos. A Michelin procura fabricar localmente e destaca que as tarifas têm impacto reduzido, mas ressalta a importância de questões comerciais em relação aos EUA.
A indústria dos pneus na UE, que emprega cerca de 75 mil pessoas, enfrenta práticas desleais de dumping por parte dos concorrentes chineses. Em resposta, a Comissão Europeia iniciou investigação sobre a necessidade de impor medidas antidumping às exportações de pneus chineses para a Europa, visando proteger a indústria local.
