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Tragédia no Amadora-Sintra: Mãe e Bebé Morrem

A tragédia abateu-se sobre o Hospital Fernando Fonseca (HFF), conhecido como Amadora-Sintra, com a morte de uma grávida de 36 anos e, um dia depois, da sua recém-nascida.

Cronologia dos Factos

A grávida, de 38 semanas, tinha chegado recentemente a Portugal. Na quarta-feira [Data anterior ao óbito], tinha estado no hospital para uma consulta de rotina, onde lhe foi identificada uma hipertensão ligeira. Foi referenciada para as urgências “por extra cuidado”, onde foi despistada uma possível pré-eclâmpsia, mas teve alta com indicação para internamento às 39 semanas de gestação. O diretor do serviço de urgência obstétrica e ginecológica do HFF, Diogo Bruno, admitiu que “o seguimento da gravidez não foi o seguimento ideal” devido à história não bem esclarecida de hipertensão.

Na madrugada de sexta-feira, dia 31 de outubro, a mulher deu entrada na urgência transportada pelo INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória. Foi socorrida no domicílio pela VMER e encaminhada para o HFF, onde deu entrada pelas 01h48.

Foi efetuada uma cesariana de emergência para tentar salvar a bebé, mas a mãe acabou por morrer na madrugada de sexta-feira.

Morte da Recém-Nascida

A bebé, nascida após a cesariana de emergência, não resistiu e faleceu por volta das 7h00 de sábado.

Em comunicado, o hospital esclareceu que “desde o seu nascimento, a bebé encontrava-se em coma profundo, sem qualquer reflexo neurológico”. O seu óbito foi causado por um quadro de hipotensão (pressão arterial baixa) e bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos) progressivas.

O Ministério da Saúde manifestou o seu “profundo pesar” e lamentou que “a criança não resistiu às lesões sofridas após a mãe ter entrado em paragem cardiorrespiratória no seu domicílio”. A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, apresentou as sentidas condolências à família, “partilhando a dor por esta tragédia”.

Repercussões Políticas

O caso gerou imediata polémica. O Chega pediu a demissão da Ministra da Saúde, com André Ventura a criticar a falta de assunção de responsabilidades pelo Governo. Já o secretário-geral do PS responsabilizou indiretamente o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, por ter mantido Ana Paula Martins no cargo apesar das críticas anteriores. O caso está a ser acompanhado pelas autoridades de saúde.

 

Redação